terça-feira, 14 de maio de 2013

Medicina e conhecimento do corpo




Desde muito cedo, na história da humanidade, o ser humano interessou-se pelo funcionamento do próprio corpo. Era movido em parte pela curiosidade típica da espécie humana, em parte pela necessidade de aliviar as doenças que o atacavam.
Os progressos da Medicina sempre dependeram diretamente do conhecimento que se tinha de anatomia humana. Para observar o interior do organismo era necessário dissecar cadáveres. Ao longo da história da humanidade, porém, o ser humano sempre manteve respeito, muitas vezes associados a certa dose de superstição, pelo corpo das pessoas mortas. Isto certamente dificultou o conhecimento dos orgãos e de suas funções.
Mesmo assim, no egito antigo, a mais de 3 mil anos, os médicos já possuiam alguma noção da organização interna do corpo. Esse conhecimento tinha origem no costume religioso de embalsamar os mortos, dos quais se retiravam asvíceras. Elas eram guardadas em vasos especiais, próximo ao corpo.





Reprodução de pintura egípcia, feita em cerca de 1300-1200a.C., mostrando Anubisdeus egípcio da mumificação, preparando o nobre Senediem para sua "viagem" depois da morte.
O embalsamento ou mumificação de corpos era uma prática bastante complexa, realizada por médicos e sacerdotes no Egito antigo.

Os antigos gregos também dissecavam muitos animais e cadáveres humanos, embora não com a mesma facilidade que os egípcios. Um dos mais famosos médicos da Grécia foi Galeno nascido em 130 d.C. Ele provou que as artérias , da mesma forma que as veias, conduzem sangue, e não ar, como se acreditava até então.

Galeno-famoso médico da Grécia antiga. 
Por séculos e séculos, Galeno influenciou a história da Medicina e muitas de suas suposições foram aceitas sem discussão pelas gerações posteriores. É fácil entender o prestígio de que sua obra foi alvo: tanto a medicina dos árabes, bastante desenvolvida para a época, como a européia, não se aventurava a dissecar cadáveres humanos,

por proibição religiosa. Baseavam-se, em vez disso, nos conhecimentos obtidos por meio de dissecação de animais, como o porco e o macaco. Além do mais, os textos dos antigos gregos, com todos seus equívocos, éram a única fonte de consulta disponível.
Foi somente no século XVI que a anatomia progrediu realmente, com os trabalhos de Leonardo da Vinci, na Italia, e de André Vesálio, na França. Da Vinci realizou várias dissecações que serviram para elaboração de desenhos cuidadosos, hoje bem conhecidos. Por sua vez, as dissecações de Vesálio acabaram contradizendo várias “verdades”que eram aceitas desde o tempo de Galeno. É comum considerar que a anatomia moderna teve início com os trabalhos de Vesálio.


Desenhos em anatomia humana de Leonardo da Vinci 

O Francês Vesalio
Um longo caminho foi percorrido desde então. Existem hoje diversas técnicas que permitem examinar o interior do corpo humano sem a necessidade da dissecação, como radiografias, ultra-sonografias e tomografias por computador. Em certos casos é introduzida uma minúscula câmara de televisão na extremidade de uma sonda, que permite observar o interior de órgãos como o esôfago, o estômago e o coração.

A linguagem corporal e falada



A comunicação tem grande importância para todo o reino animal. A postura e os movimentos do corpo podem transmitir mensagens. Inclinar a cabeça, arquear as costas, fixar ou desviar o olhar, eriçar o pêlos ou as penas, tudo isso faz parte da comunicação de alguns animais, inclusive dos seres humanos.




























Na linguagem corporal da espécie humana vários movimentos que expressam informações, como o movimento das mãos, da cabeça, dos músculos da face, os sorrisos, as caretas, o aperto de mão e a agitação dos punhos. Há várias formas de comunicação por meio de gestos para pessoas com diferença de percepção auditiva e/ou oral ( surdo-mudo ). No Brasil, é utilizada a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais -, que pode ser aprendida por qualquer pessoa.




Em alguns grupos de animais, como aves e os mamíferos, a comunicação por meio de sons é importante para a sobrevivência da espécie.
















A linguagem corporal é muito utilizada pelos seres humanos para comunicar-se, mas a voz é o principal canal de informações. A espécie humana é a única que tem uma linguagem formada por sons completos e articulados: as palavras.

Isso é possível graças a complexidade dos órgãos da fala e do cérebro.

  • O ser humano, diferentemente de qualquer outro animal, tem a linguagem falada caracterizada por um vocabulário.
  • A fala é um meio sem comparação para a troca de informações complexas. A fala é uma parte essencial dasinterações sociais ente os indivíduos da nossa espécie, Homo Sapiens.
A linguagem falada é, portanto, exclusiva do ser humano.


O LUGAR DO SER HUMANO NA NATUREZA

O LUGAR DO SER HUMANO NA NATUREZA
Os três estágios do desenvolvimento dos ancestrais do ser humano

Os arqueólogos acreditam que a cultura humana desenvolveu-se em três grandes etapas. Na mais primitiva, os ancestrais dos seres humanos viviam ao ar livre e abandonavam  seus mortos sem maiores cuidados. Os indícios que deixaram ( ferramentas de pedra e ossos humanos e de animais) foram encontrados nos locais em que as ferramentas eram produzidas ou em que os animais eram preparados para servir de alimento.
Na segunda etapa, os nossos antepassados aprenderam a controlar o fogo. O calor e a segurança assim obtidos permitiam que sobrevivessem em abrigo de rochas ou na entrada de cavernas. Nesses locais foram encontrados ferramentas, ossos de animais e esqueletos humanos, alguns intactos. É possível que estes indivíduos tenham sido sepultados nessas cavernas, o que demonstra preocupação com seus mortos.
Numa terceira etapa, o ancestral do ser humano aprendeu a cultivar a terra e começou a viver agrupado, em aldeias. Pesquisas nestes locais acharam ossos de animais, ferramentas e pedaços de recipientes de barro. No local de antigas sepulturas, foram encontrados junto aos esqueletos, potes de barro intactos e ferramentas de vários tipos, que eram enterrados junto aos mortos. Isso possivelmente indica que estas populações acreditavam que numa vida após a morte, durante a qual esses objetos poderiam ser utilizados.


O Ser Humano Faz Parte da Natureza

O Ser Humano Faz Parte da Natureza

     Em termos biológicos, o ser humano é um ser vivo do grupo dos vertebrados, um mamífero e classificado no Reino Animal sendo heterótrofo, ou seja, sua nutrição vem do ambiente pois não é capaz de produzir seu próprio alimento como as plantas, ele deve procurar o que comer no meio ambiente. Possui uma coluna vertebral no dorso. Como todos os mamíferos, apresentam glândulas mamárias e cuida de seus filhos. Faz parte do grupo dos primatas, que inclui também os macacos.
           
                             Um Ser Vivo Especial

     A Bíblia Sagrada, no livro de Genesis se refere ao homem com sendo criado a imagem e semelhança de Deus. Existem diferenças fundamentais entre o ser humano e as outras  espécies de vertebrados. Essas diferenças lhe conferem uma posição de destaque na natureza. Segundo o filósofo grego Aristóteles, que viveu há 2300 anos, 0 ser humano é um ser vivo, mortal e capaz de adquirir conhecimento.
     Atualmente o ser humano é considerado cientificamente como um mamífero bípede, que se apóia somente nos membros inferiores. Além disso, ele pode se manter, andar e correr em posição ereta: isso quer dizer que, ao ficar em pé, sua coluna vertebral se mantém vertical. Esses dois fatores permitem que os membros superiores, que não são usados na locomoção, fiquem livres para manipular o alimento, que ele coleta e coloca na boca, e as ferramentas, que ele fabrica e utiliza. Além disso, ele pode usar seus membros superiores para gesticular, aprimorando a sua capacidade de comunicação.
     O ser humano consegue manusear objetos com grande habilidade, graças à estrutura de suas mãos: o polegar, que tem grande mobilidade, opõe-se aos demais dedos, formando uma pinça.
     Devido ao grande volume e a grande capacidade de seu cérebro, o ser humano dispõe de grande inteligência. Através dela, tenta compreender e transformar o mundo que o cerca: constrói cidades que o abriga e extrai minerais com os quais produz ferramentas que tornam sua vida mais fácil e confortável.
            Um Ser Vivo Social

     O ser humano é uma criatura social. Isso significa que ele se associa a outros indivíduos de sua espécie, colaborando com eles para o benefício comum. Também estabelece regras que regulamentam sua conduta  na convivência  com outros indivíduos de sua espécie.
     O ser humano é o único ser vivo capaz de se expressar através da fala. Dessa forma, comunica-se eficientemente com seus semelhantes.Também acumula informações sobre a natureza que o cerca, organizando-as e transmitindo-as de geração em geração, tanto por meio da fala quanto da linguagem escrita.
           
O Ser Humano e os Ecossistemas

     A inteligência do ser humano e sua capacidade de produzir ferramentas lhe garantem um imenso poder de interferência sobre os ecossistemas. Ele desmata e cultiva a terra, fabrica objetos, cria animais, constrói represas. A espécie humana modifica profundamente os ecossistemas em beneficio de sua sobrevivência e de seu conforto. Nas cadeias alimentares, o ser humano é quase sempre o consumidor final, não importando se ele se alimenta de vegetais ou de animais.
     Infelizmente esse poder nem sempre é bem usado. Às vezes por ignorância, outras vezes por irresponsabilidade, o ser humano destrói os ecossistemas, prejudicando o equilíbrio natural.
     Por outro lado o ser humano é o único ser vivo capaz de estudar os ecossistemas, de entendê-los e de evitar a sua destruição. Assim, se por um lado ele dispõe do poder de transformar os ecossistemas, tem também a responsabilidade de estudá-los com cuidado, visando preservar o ambiente, tanto para si mesmo como para as demais espécies vivas.

CONHECIMENTO SOBRE AS CÉLULAS

     Robert Hooke,( 

1635-1703) cientista físico inglês do século XVII, realizava estudos na área da mecânica, assistente de outro cientista físico Robert Boyle, seu primeiro invento foi um relógio portátil a corda (1657). Sua habilidade com experimentos valeu-lhe a eleição como membro e nomeação como curador de experiências da Royal Society (1662). Foi, também, professor de geometria do Greshan College. Descreveu a estrutura celular da cortiça (1665) e publicou Micrographia, sobre suas descobertas em ótica e iniciando suas análises dos efeitos do prisma, esferas e lâminas, com a utilização do microscópio. Com o microscópio também deu importante contribuição ao estudo da estrutura das células, devendo-se a ele a origem deste termo. Data deste mesmo ano outra invenção sua; o barômetro. Pesquisador em elasticidade dos fluídos e estudioso de gravitação universal, adaptou projetos de moinhos de vento para esquematizar medidores de correntes de ar e de água.

Microscópio e desenhos de Hooke:
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     Antonie von Leeuwenhoek, (1632-1723), também desenvolveu intrumentos ópticos de microscopia, foi o primeiro a observar microorganismos como bactérias e protozoários. Isolou microorganismos em diferentes meios, principalmente na água, e calculou seu tamanho. Em 1677 descreveu pela primeira vez espermatozóides de cães e do homem. Estudou as células dos músculos, partes da boca de insetos, e estruturas vegetais.
Em 1684 fez a primeira descrição precisa das células vermelhas do sangue.
Um amigo o colocou em contacto com a Royal Society em Londres, para a qual, a partir de 1673 e até 1723, ele encaminhou cartas relatando suas descobertas. Foi eleito membro da sociedade em 1680. Suas descrições eram publicadas no Philosophical Transactions, órgão da Sociedade. A primeira representação de uma bactéria é um desenho feito por Leeuwenhoek nessa publicação em 1683.

Suas descobertas foram tão dramáticas para a época que ele ficou mundialmente famoso e foi visitado por personalidades notáveis como Pedro I, o Grande, da Rússia, James II da Inglaterra e Frederick II, o Grande, da Prússia.

Leeuwenhoek fabricou e utilizou lentes que aumentavam de 50 a 300 vezes. Com este aumento relativamente pequeno, deve ter feito uso de algum recurso auxiliar como iluminação oblíqua, ou alguma outra técnica para incrementar os recursos da microscopia, mas guardou segredo do seu método.

Viveu 90 anos e fez 375 colaborações para o Philosophical Transactions e 27 para o Memoirs da Academia de Ciências de Paris. Duas edições completas de seus trabalhos apareceram ainda durante sua vida, uma em holandês (1685-1718) e outra em latim (1715-22).                                                                                     
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ATIVIDADES PARA REALIZAR EM SEU CADERNO:
 
1. Como e quando foi observado as células pela 1ª vez?
 
2. Que tipo de material foi utilizado para observar as células pela 1ª vez?
 
3. Como progrediu o estudo das células no século XVII e XVIII?
 
4. Pesquise o que afirmava  a "Teoria Celular" e quais os pesquisadores envolvidos nessa teoria.
 


prova de grámatica






  obrigado por asceçar